quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

La costa

"El calor de la costa le pega al visitante que está de paso, las calles ardientes del medio día combinan con los personajes que se esconden en la sombra de los arboles tocando  algun instrumento proveniente de los antepasados indigenas o esclavos.
Y la tarde corre así, serena, sudorosa hasta las 6 de la tarde, a esa hora parece que la ciudad se arregla para las explosiones musicales que se extienden durante toda la noche.

El sudor de aquellos al rededor del acordéon cae en el piso donde pies de parejas intentan marcar el compás del bumbo y la guacharaca. Yá pasa de las 12 pm y la felicidad aumenta con el excesso de ron y aguardiente, los vallenatos se aceleran junto a los batimientos cardiacos y las parejas se pegan un poco más, el calor de 30 grados no es más problema, en el auge de los giros y pasos mal planeados los cuerpos que allí se encuentran comienzan a experimentar sensaciones de calor y deseo. La seducción  de la morena, de cabello largo medio ondulado se vuelve más intensa cuandole pega todo su cuerpo al visitante, el cuál siente ese almizcle de sudor y algún perfume barato que compro en la galeria de la ciudad.

Pero no importa porque la borrachera llegó para demorar y alegrar las luzes amarillas de ambiente que hacen con que el viajante se sienta en casa. Las muchachas de chorecitos jeans y camisas blancas esperan un principe que las saque a bailar y de la pobreza en la que viven. Se miran unas a las otras tapandose la boca con la mano, bailan solas, mirando para el cielo , dan una spiscadas y lanzan su golpe mortal".

sábado, 8 de fevereiro de 2014

A PROSTITUTA DO H(M)OTEL

   Atrás do balcão pensando em alguma coisa com certeza nada importante, o que comerei amanhã? Como será que vou morrer? Coisas do tipo futuro improvável,  são 10 horas da noite e Andreia sai do seu quarto, toda “produzida” batom vermelho, salto alto preto, vestido super curto muito menos  do que o exigido pela sociedade, no seu olhar, algo diferente, sim acho que hoje ela cheirou, seu rosto assustado e frenético dizem tudo, meche sua boca regularmente enquanto caminha e cada vez que dá um passo ajeita seu cabelo, como se estivesse meio insegura.
Ao chegar ao balcão me entrega a chave e diz: 
-eai blz?
– blz
– como que tá o movimento?
– meio parado hoje é segunda
– porra é mesmo, cara eu não gosto de sair na segunda, não dá nem pra pagar a metade do quarto, o seu zé falou alguma coisa?
- não, não pra mim.

Então ela se despede e transforma-se na mulher mais sedutora e desinibida do mundo, me pergunto por que ela pergunto pelo seu Zé, dono do hotel, será que ela está devendo algo?
Talvez, a andreia mora aqui desde que comecei  a trabalhar na recepção do hotel, quando cheguei demoramos uma semana para falar, pois eu estava meio envergonhado, não sei de que, é uma ótima pessoa,  toda noite sai para trabalhar como prostituta, fica nas esquinas desoladas pela madrugada e tomadas pelos bêbados ou carentes momentâneos de amor.

Um dia desses sentado na frente, comecei a conversar com ela, me perguntava qual era o real motivo de uma mulher vender-se por sexo, qual era a explicação, porém percebi naquela conversa que atrás de cada problema pessoal existe um problema social. Ela me contou que tinha uma filha de 4 anos que morava no interior do estado e que saiu de lá porque não havia emprego e o conselho tutelar queria tirar a crianças dela, então a deixou com os pais e veio trabalhar na cidade grande.
Após alguns messes o seu zé me perguntou pela Andreia:
- ei cadê a Andreia?
-não sei, acho que está no quarto.
-assim que tu ver ela, manda ela pagar as 2 semanas que tá devendo, se não tiver grana fala que é pra sair amanhã.
-tudo bem

Parei pra pensar em como iria fazer isso, realmente a consciência pesava, porém se eu não falasse talvez meu emprego fosse por água abaixo. É uma hora da manhã, a andreia está meio chapada ao sair, vejo pelo jeito que anda e seu rosto pálido e branco, falo:
-andreia seu zé quer saber quando vai pagar ele
-porra amanhã.
-tudo bem.

Não arrisquei a falar o resto, fiquei com  pena ou vergonha alheia( sofro disso).
O dia passou, a noite passou, o dia passou e assim se foram alguns dias, dessa vez não via a Andreia há 1 semana, achei que seu zé tivesse expulsado ela no horário matutino no qual eu não estava,  porém isso mudou quando seu zé me disse:
- vai lá abrir o quarto da Andreia ela não vem faz uma semana, tira as coisa dela de lá que o quarto te que ser alugado.
-mas ela não vai voltar?
- acho que não.


Fiquei nervoso e pedi pra camareira ir comigo no quarto, afinal não sabia o que me esperava. Entro bem devagar e vejo um quarto sujo, pouca roupa a foto de uma criança encima da mesa, apenas, resto de pó ao lado da tv, muitas camisinhas, a mando embrulhar tudo e levar pra cima. me pergunto o que aconteceu com Andreia, será que a mataram? Fugiu? Morreu de overdose? Até hoje me pergunto o que aconteceu com Andreia.